Em nota, CSN acusa a Prefeitura de entregar suas linhas “de graça em uma bandeja de ouro a OT Trans e Plataforma”

Por EMERSON PEREIRA

A saída do Consórcio Salvador Norte (CSN) do sistema Integra, segue rendendo assunto no transporte público de Salvador, no último sábado (26/02), o grupo emitiu uma carta, onde afirma está se esforçando para resolver pendências trabalhistas com seus ex-funcionários e faz graves acusações a gestão municipal.

Segundo a CSN, o grupo já colocou à disposição da Justiça do Trabalhista todos os ativos da empresa e até dos acionistas para a solução imediata de todas pendências, o grupo complementa a nota dizendo que, “…há dificuldades na venda dos terrenos e, neste momento, quem tem condições e obrigação de pagar a rescisão dos funcionários é o Município de Salvador, com o apoio do Sindicato Dos Rodoviários da Bahia”.

Na carta, o Consórcio Salvador Norte alega, que existem valores em aberto, que poderiam usados pela Prefeitura Municipal para a realização de pagamentos das verbas trabalhistas pendentes. Veja abaixo:

Além de apontar supostas pendências sobre questões trabalhistas, os gestores da CSN, acusam a prefeitura de ceder suas linhas de forma indevida para os outros dois consórcios ativos na cidade, “O que tem mais valor financeiro em uma empresa de ônibus são as linhas, o fundo de comércio pelas quais a CSN pagou outorga e que foram dadas de graça em uma bandeja de ouro a OT Trans e Plataforma, ficando os funcionários abandonados à própria sorte”, afirmou a CSN.

É importante salientar, que as linhas da Bacia C (Antiga área operacional da CSN) foram repassadas para a OT Trans e Plataforma, após o fim da intervenção municipal no consórcio “azul”, que ocorreu em setembro de 2021. Na época, a Prefeitura de Salvador, iniciou um processo licitatório para que um novo operador fosse contratado e assumisse a bacia que vai da Orla até o Centro, entretanto, ao fim do processo, as linhas da referida bacia foram repassadas para os outros dois consórcios restantes, sem um devido esclarecimento público por parte da Prefeitura, se não houve interessados, se o município desistiu de fazer a licitação ou se o processo foi vencido pelos operadores locais.

A equipe do Buzu071, solicitou um posicionamento da Prefeitura Municipal de Salvador, da Secretaria de Mobilidade (SEMOB) e também do Sindicato dos Rodoviários, sobre o caso, mas não obteve retorno dos envolvidos, até a publicação desta matéria.