Barramar: Há 9 anos a empresa decretava sua falência

Por Emerson Pereira

A Viação Senhor do Bonfim, conhecida como Barramar, era uma empresa de ônibus que operava 41 linhas urbanas de Salvador, com uma operação de destaque na Estação Pirajá, a Barramar encerrou suas atividades em junho de 2014.

Com uma saída inesperada, suas linhas foram assumidas por outras empresas que operavam na capital baiana.

O fechamento da Barramar foi comunicado pelo então secretário municipal de Urbanismo e Transporte – Semut (órgão antecessor à Secretaria de Mobilidade), Fábio Mota, e negado inicialmente pela empresa dias antes da empresa suspender completamente suas operações. De acordo com a Prefeitura de Salvador na época, a Barramar não tinha mais condições financeiras de operar no transporte público da cidade.

A Barramar tinha aproximadamente 1.200 colaboradores e uma frota de 240 coletivos. Embora circulasse por toda a cidade, o local mais fácil de ver os ônibus da Barramar era a Estação Pirajá. Só para atender o terminal, 120 ônibus eram disponibilizados pela empresa para operar as principais linhas da estação.

Além da Estação Pirajá, a empresa tinha linhas importantes em Campinas de Pirajá (1501), Tancredo Neves (1201) e em Boca da Mata (1431, 1463, 1438). Ao longo da sua passagem pelo transporte público soteropolitano, a Barramar foi uma das primeiras empresas a adotar a metodologia de linhas filhas, com alterações de roteiro para atender demandas específicas, e também ficou marcada por comprar um grande lote com 50 ônibus trucados para suas linhas mais disputadas.

Com uma forte atuação em linhas de altíssima demanda, a conservação dos seus veículos não era um ponto forte da Barramar, tal característica gerava muitas reclamações entre os usuários dos coletivos da empresa, entretanto, o motivo principal para a depreciação da sua frota era justamente sua área operacional. Entre as linhas de ônibus de responsabilidade da Barramar, a linha 1355 (Itapoan) era a linha mais vandalizada da cidade, junto com a 1331 (Baixa dos Sapateiros), que também era operada pela Barramar.

Apesar de quase uma década do fim da sua operação, a empresa ainda é lembrada por muitos soteropolitanos que utilizavam seus ônibus para seus deslocamentos diários pela capital baiana.