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Mobilidade UrbanaTransporte público

Violência crescente afeta sistema de transporte da capital baiana

Por Emerson Pereira – Foto Divulgação SSP/BA

A violência na capital baiana, tem provocado alterações no sistema de transporte público da cidade e causado impactos significativos na vida dos usuários. Além do medo e insegurança constantes, os frequentes assaltos e ataques criminosos afetam diretamente a mobilidade de uma parcela significativa da população soteropolitana, tornando o transporte público uma opção menos atrativa e prejudicando o acesso a serviços essenciais, lazer, emprego e educação.

Os assaltos nos coletivos da capital baiana já acontecem de forma tão cotidiana que boa parte das vítimas já desistiram de registrar queixa, o que faz com que as autoridades de segurança pública apontem uma redução no número de ocorrências. Além disso, incêndios criminosos em ônibus da cidade também têm se tornado uma prática preocupante. Desde 2015, quando o sistema Integra entrou em operação, quase uma centena de coletivos foram queimados na capital baiana.

Recentemente, confrontos entre facções criminosas resultaram na suspensão da circulação de linhas de ônibus em diversos bairros da cidade. Bairros como Santa Cruz, Fazenda Coutos, Vila Verde e Valéria tiveram seus itinerários reduzidos por conta desses conflitos e só foram retomados após o enfrentamento da polícia militar. Nesta quarta-feira (18), a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) anunciou que as linhas que atendem o bairro de Rio Sena também deixaram de entrar no bairro devido aos confrontos que ocorrem a uma semana no subúrbio ferroviário. A medida vai afetar milhares de pessoas que usam os ônibus da região.

Para reduzir esses impactos, é necessário investir em medidas mais efetivas de segurança, como aumento da vigilância policial nos bairros, terminais e nos ônibus da cidade, monitoramento em tempo real por câmeras e ações educativas de conscientização. Somente com um transporte público seguro e eficiente é possível garantir um deslocamento mais seguro e inclusivo para todos os soteropolitanos. As autoridades devem refletir sobre essa situação e buscar soluções que priorizem a segurança e o bem-estar dos cidadãos.

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