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Mobilidade UrbanaTransporte público

Envelhecimento da frota e as consequências no transporte público de Salvador

Por Emerson Pereira – Foto Ícaro Chagas

A capital da Bahia enfrenta um desafio crescente com o envelhecimento de sua frota de ônibus urbanos. Segundo o anuário de 2022, a idade média dos veículos do sistema Integra subiu para 7,79 anos, um aumento significativo em comparação com a média de 4 anos registrada em 2015, ano marcado pelo início da operação do sistema e de uma ampla renovação dos ônibus da cidade.

A renovação da frota, que teve seu ápice em 2014 com a compra de 454 novos ônibus, sofreu uma desaceleração drástica nos anos subsequentes, com nenhuma aquisição em 2017 e 2018, e apenas 26 coletivos em 2016. A situação foi agravada pela pandemia de COVID-19, que trouxe uma crise sem precedentes para o setor de transporte público em todo país. Atualmente os dois consórcios que operam o Integra ainda utilizam alguns veículos fabricados em 2012 no sistema.

A saída do consórcio Salvador Norte (CSN) do sistema de transporte coletivo e o envelhecimento da frota do Integra são reflexos dessa crise. Em 2024, a Prefeitura de Salvador já anunciou uma renovação de 130 coletivos, mas a deterioração da frota urbana da cidade tem se tornado cada vez mais evidente, nos primeiros meses de 2024, três ônibus do Integra foram destruídos por falhas mecânicas, um deles nesta segunda-feira (6) no Terminal da França.

Esses incidentes ressaltam a necessidade urgente de investimentos maiores na renovação da frota do sistema, não apenas para garantir a eficiência do transporte urbano da capital baiana, mas também para assegurar a segurança dos passageiros. A mobilidade urbana em Salvador depende da capacidade de resposta do poder público e das empresas de transporte para reverter essa tendência de envelhecimento e garantir um serviço de qualidade à população.

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