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Mobilidade UrbanaTransporte público

Os desafios e perspectivas para o transporte público da capital baiana

Por Emerson Pereira – Foto Bruno Concha/PMS

O transporte público sempre figura como um tema relevante nas eleições municipais da capital baiana. Nos últimos dez anos, Salvador passou por significativas transformações nesse setor, com a implantação do metrô, criação do sistema Integra e, mais recentemente, do BRT. No entanto, apesar desses avanços, as queixas persistem entre os usuários.

Só para ilustrar a dificuldade da gestão municipal de entender alguns problemas do dia a dia dos passageiros, Salvador hoje não tem um site oficial que forneça os horários das linhas de ônibus da cidade, desde 2019 seus ônibus não contam com código traseiro de linhas e os ônibus adquiridos desde 2023 são equipados com as exageradas 3 vagas para cadeirantes.

Pontos Críticos:

  1. Os soteropolitanos frequentemente reclamam da diminuição da frota de ônibus e da extinção de linhas. Isso impacta diretamente a mobilidade e a acessibilidade dos cidadãos.
  2. A superlotação é um problema evidente. Passageiros enfrentam desconforto e riscos à saúde em ônibus lotados, principalmente nas horas de pico.
  3. A qualidade dos veículos utilizados em Salvador é uma preocupação constante, até os novos ônibus seguem um padrão ruim. A gestão municipal precisa garantir que os ônibus sejam adequados a demanda, seguros e confortáveis.

Desde 2022, com a implantação do BRT, houve algumas melhorias. A cidade voltou a investir em ônibus modernos, inclusive em veículos de 15 metros e a possibilidade de voltar a ter articulados para combater a superlotação. No entanto, o sistema convencional ainda enfrenta grandes desafios. A frota, que antes era majoritariamente composta por ônibus de 13,2 metros, desde 2021 vem sendo substituída por veículos menores, de apenas 12,5 metros, uma contradição em um sistema que cada vez mais concentra demanda.

Perspectivas Futuras dos Passageiros:

Em contato com usuários, eles apontam que a gestão municipal deve focar em três pontos próximos quatro anos,:

  1. Reorganização do sistema Integra, buscando maior eficiência e integração entre os modais.
  2. Investimento em ônibus maiores para as linhas mais movimentadas, atendendo à demanda crescente da cidade.
  3. Elevação do padrão dos ônibus do Integra, proporcionando uma experiência positiva aos passageiros.

Salvador, atualmente tem uma das tarifas mais caras do país, precisa de um transporte público eficiente e com um pouquinho de dignidade aos seus usuários.

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