Infrações por uso de celular, falta de cinto de segurança e excesso de velocidade crescem 33% no país
Por Emerson Pereira – Foto Jefferson Peixoto/PMS
Infrações graves e gravíssimas como excesso de velocidade, uso do celular ao volante e falta do cinto de segurança, respectivamente, cresceram, em média, mais de 33% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados são da Zapay, que tem como propósito facilitar a vida dos proprietários de veículos, parte do grupo Sem Parar.
Para chegar ao percentual de multas, a Zapay analisou uma mostra de dados com mais de 1 milhão de autuações de sua base.
De acordo com a empresa, as autuações pelo uso de celular foram as que mais cresceram em comparação com o ano passado, registrando aumento de 36%. A infração é considerada gravíssima e tem multa prevista de R$ 293,47, com sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Dirigir sem o cinto de segurança fica em segundo lugar no ranking das infrações que mais aumentaram do ano passado para cá. Foram 33% a mais de multas registradas pela plataforma. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a infração é grave, com autuação de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira.
Completando a lista, está a infração de excesso de velocidade que, neste ano, registrou 32% de aumento. Aqui, a multa varia de acordo com o valor excedido. Podendo chegar à gravíssima quando o motorista ultrapassa os 50 km/h do limite de velocidade. Neste caso, além da multa de R$ 880,41, são descontados sete pontos da CNH.
Infrações de alta letalidade
No mês em que a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) realiza uma campanha em torno do Dia Nacional em Memória às Vítimas de Trânsito, celebrado em 20 de novembro, vale lembrar que as infrações citadas estão entre as principais causadoras de acidentes com mortes no Brasil.
De acordo com o Atlas de Acidentalidade do Trânsito Brasileiro, divulgado em 2021, a distração ao volante, principalmente com uso de celulares, foi a causa de 1.503 mortes, sendo a segunda causa dos acidentes fatais ocorridos naquele ano. Logo em seguida, o atlas aponta o excesso de velocidade, com 677 mortes, terceira causa de acidentes fatais no mesmo período.
Já os dados sobre a falta de cinto de segurança são mais recentes. De acordo com um levantamento da Polícia Rodoviária Federal, de janeiro a setembro de 2024, 569 pessoas morreram em acidentes pelo uso incorreto do cinto. Isso significa aproximadamente uma morte a cada onze horas no país.