São Paulo proíbe compra de ônibus movidos à diesel e exige aquisição de elétricos
Por Emerson Pereira – Foto Divulgação SPTrans
A SPTrans, órgão responsável pela gestão do transporte urbano da capital paulista, determinou no último dia 14 de outubro, a proibição da compra de ônibus movidos a diesel para integrar a frota que realiza o transporte público de passageiros da cidade. A medida começou a vigorar desde o dia 17/10.
Segundo a SPTrans, a meta é aumentar o número de veículos elétricos que compõem a frota da metrópole paulistana para atingir a meta do Prefeito da cidade, de que até 2024, fim do seu mandato, serão 2,6 mil ônibus movidos a energia elétrica circulando no sistema de transporte do município.
Atualmente apenas 219 dos 14 mil ônibus da frota da cidade são elétricos, sendo apenas 18 de modelos modernos, alimentados por baterias recarregáveis, e os demais trólebus, que utilizam linhas aéreas para obter energia.
A adoção deste tipo de transporte impactaria diretamente no cumprimento das metas de redução de emissão de poluentes da prefeitura, uma vez que os coletivos recarregáveis utilizam uma forma de energia considerada mais “limpa”.
De acordo com o artigo 50 da Lei de Municipal de Mudanças Climáticas, em 2028, a capital paulista deverá atingir redução de:
- 50% das emissões totais de dióxido de carbono (CO2) – em relação aos índices de 2016;
- 90% das emissões totais de materiais particulados (MP) – em relação aos índices de 2016;
- 80% das emissões totais de óxidos de nitrogênio (NO) – em relação aos índices de 2016.
Em nota, a SPTrans esclareceu que a medida que entra em vigor na segunda-feira (17) não considera os “miniônibus”, uma vez que “o mercado ainda não oferece a tecnologia elétrica para veículos de menor capacidade e dimensão”, portanto, um cronograma específico será disponibilizado para que as empresas possam se planejar para a substituição desses veículos.