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Mobilidade UrbanaTransporte público

Criação excessiva de linhas filhas provoca confusão em Salvador

Por Emanuel Edson Pimenta e Emerson Pereira

Nos últimos anos, a capital baiana teve um crescimento significativo na criação de linhas que são denominadas pela Secretaria de Mobilidade (Semob), como “linhas filhas”. Normalmente essas linhas são variações de linhas regulares do sistema urbano de Salvador, o Integra, e tem como objetivo realizar um atendimento específico no roteiro da linha originária, sendo que muitas delas circulam apenas em determinados horários do dia.

Apesar dessas linhas variantes serem muito importantes do ponto de vista operacional, várias linhas “filhas” são criadas de forma incoerente, sendo na verdade, uma linha independente, mesmo trazendo contigo indícios de um código de linha “mãe”.

Veja abaixo, alguns exemplos de linhas filhas que poderiam utilizar um código próprio:

0125-03 – Parque São Cristóvão x Barroquinha

1146-01 – Arenoso x Metrô Imbuí

1247-02 – Conjunto Arvoredo/Tancredo Neves x Patamares

1330-01 Estação Pirajá x Cajazeiras 5/6/7

1389-01 – Estação Pirajá x Estação Mussurunga

1425-02 Metrô Flamboyant X Canabrava Circular

1425-04 Metrô Tamburugy X Trobogy/Nova Brasília

1440-01 – Cajazeiras 7/6 x Imbuí/STIEP

1645-04 – Terezinha/Rio Sena x Estação Pirajá

1645-05 – Terezinha/Itacaranha x Estação Pirajá.

Essas linhas citadas acima, tem uma base operacional (final de linha) roteiro, trajeto ou destino completamente diferente da linha originária do código, e o excesso do uso de códigos de linhas alternativas provocado confusão entre os usuários do sistema Integra, um ótimo exemplo é a linha 1645, a linha originária tem como destino a Pituba, em 2022 foi criada uma versão para Estação Pirajá (1645-04) e recentemente a linha se desmembrou novamente com uma nova versão da 1645-4 via Rio Sena e Rua Pajussara (1645-05). Já a linha 1425 Fazenda Grande 4 x Vale dos Rios, tem variantes que sequer circulam no entorno de Fazenda Grande 4 ou do Vale dos Rios e tem variações que visam atender os bairros de Nova Brasília, Trobogy e Canabrava.

Diante dessas situações, que se repetem em outras regiões da cidade, atualmente temos uma grande necessidade de promover a independência de algumas linhas desse tipo, principalmente para facilitar a compreensão dos usuários soteropolitanos.

Pontuamos que recentemente, houve um movimento contrário promovido pela Semob, a linha 1637-1 – Mirantes de Periperi x Imbuí/Boca do Rio (via BR324) teve seu código de linha filha alterado, assumindo o código 1636, ilustrando a necessidade de se tornar uma linha independente. Anos atrás, a mesma situação aconteceu com a linha 1653-1 Paripe x Aeroporto via Cajazeiras, atualmente a linha usa o código 1625.

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