Greve de rodoviários metropolitanos expõe a necessidade de licitação do transporte de Lauro de Freitas
Por Emerson Pereira – Foto Ícaro Chagas
Em meio a greve dos rodoviários metropolitanos, o descaso com o transporte público da cidade de Lauro de Freitas chama atenção. O município da região metropolitana que tem mais de 200 mil habitantes, segue sem licitar o seu sistema de transporte e os reflexos dessa falta de regulamentação atinge milhares de usuários dos ônibus da cidade.
Inaugurado em 2018, o Terminal Aeroporto é o único terminal de ônibus no entorno do sistema metroviário que não está localizado na capital baiana, sua capacidade operacional ultrapassa a marca diária de 200 mil usuários e está situado justamente na cidade de Lauro de Freitas. Mas o que era para ser um facilitador, para uma possível organização no sistema de transporte do município segue sendo ignorado pela gestão da prefeita Moema Gramacho (PT), o terminal que poderia ser um ponto central para uma operação de transporte entre os bairros de Lauro e o sistema metroviário, na verdade até é, entretanto, sob a tutela do transporte metropolitano e da gestão estadual.
Os ônibus que transitam entre o Terminal Aeroporto e Itinga, Portão, Vilas do Atlântico, Caji, Vida Nova, Lauro de Freitas (Centro) entre outras localidades, tem idade média superior a 10 anos de uso, e apesar de transitarem apenas na cidade de Lauro de Freitas, são considerados metropolitanos apenas pela inércia municipal sobre essa pauta. Vale a pena destacar, que em 2022 a prefeita prometeu a tão esperada licitação mas a promessa não saiu do papel.
Enquanto a situação não é resolvida, hoje a cidade amanheceu sem um ônibus sequer para fazer o transporte de milhares de usuários, a prefeitura montou uma operação com o sistema complementar do município para tentar amenizar os impactos da paralisação, mas a necessidade de um sistema de transporte estruturado para uma das cidades mais importantes da região metropolitana de Salvador, ficou mais evidente do que nunca.
