Trens do Subúrbio Ferroviário completam 2 anos de desativação
Por Emerson Pereira – Foto Reprodução
O subúrbio amanheceu diferente no dia 15 de fevereiro de 2021, parecia que faltava algo, após mais de 160 anos de operações, os trens do subúrbio ferroviário de Salvador tiveram sua operação descontinuada, o fato aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2021.
A informação do governo do estadual na época era que o sistema precisava ser suspenso para viabilizar a execução das obras do Monotrilho, que foi batizado de maneira equivocada como “VLT do Subúrbio”, a estimativa do governo do estado era que o novo sistema de transporte tivesse sua primeira fase concluída após 24 meses de obras.
A importância da ferrovia que ligava a região da Calçada até Paripe, ultrapassava o âmbito do transporte público e sem nenhuma sombra de dúvidas, sofreu com o sucateamento e depreciação desde o início dos anos 2000, depois de quase 20 anos, os módicos R$ 0,50 cobrados pelo transporte, não pagavam os custos operacionais do sistema e também não ofereciam o mínimo de dignidade e segurança que os usuários tanto mereciam, ainda assim, o trem fazia parte da identidade dos suburbanos.
A implantação do Monotrilho na região ainda é questionada por moradores locais, autoridades e até por alguns especialistas. Enquanto uns defendem a modernização e ampliação da malha ferroviária, outros apontam que haverá um grande impacto visual e ambiental com a instalação de grandes estruturas elevadas ao longo do litoral que atravessa toda região.
Infelizmente, após dois anos da suspensão do serviço de trem na região, o projeto do Monotrilho “VLT do Subúrbio” segue totalmente indefinido, os custos envolvidos na execução do projeto aumentaram bastante desde a pandemia e o Consórcio Chinês, responsável pela obra limita-se a fazer a manutenção dos tapumes que substituíram os trilhos ao longo do trajeto do trem, enquanto isso, é notória a decepção entre os suburbanos com a retirada de uma das últimas ferrovias urbanas do país.
