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Mobilidade UrbanaTransporte público

Superlotação ainda incomoda usuários dos ônibus de Salvador

Por Emerson Pereira – Foto Reprodução Portal CajaON

Desde o início do sistema Integra em 2015, a Secretaria de mobilidade de Salvador (Semob) vem utilizando diversos artifícios para oferecer um número maior de viagens aos usuários do transporte público da cidade, principalmente durante os horários de pico. Desde então, várias linhas filhas com roteiro reduzidos ou alterados e linhas com viagens expressas foram criadas para otimizar o serviço oferecido aos passageiros soteropolitanos.

Apesar dos ajustes da SEMOB, não é difícil encontrar ônibus circulando superlotados nos horários mais movimentados da cidade, em algumas situações os coletivos estão tão cheios que não permitem mais o embarque de novos passageiros, e os motoristas são obrigados a passar direto pelo ponto de ônibus, deixando várias pessoas para trás.

No último dia 7, uma matéria produzida pelo portal CajaON, na região de Águas Claras, flagrou vários ônibus cheios e as queixas dos usuários das linhas da região. O principal vetor de deslocamento pela manhã em Águas Claras é em direção a Estação Pirajá, para fazer esse deslocamento, os usuários costumam utilizar as seguintes linhas: 1376 (Águas Claras), 1333 (Boca da Mata / Faz. Grande 1/2), 1407 (Cajazeiras 10), 1330 (Cajazeiras 6/7) e 1343 (Faz. Grande 2/3/4), entre 6 e 8 da manhã, essas linhas acumulam 71 viagens, com um intervalo médio de menos de 2 minutos no principal corredor viário do bairro e apesar disso, os registros de superlotação ainda são frequentes.

Diante dessa situação, uma alternativa para absorver a demanda de passageiros pode ser a introdução de veículos com maior capacidade de transporte ao sistema de transporte público da capital baiana, mesmo que de maneira pontual. Apesar da necessidade evidente, os maiores ônibus em circulação na cidade medem 13,20m, com a capacidade de transportar cerca de 90 passageiros (sentado e em pé), enquanto isso, veículos trucados que podem chegar a 15 metros (com capacidade para até 120 pessoas) e articulados que podem atingir 23 metros (até 175 passageiros sentados e em pé) são desconsiderados pelos operadores do transporte local. É importante destacar que ônibus maiores, têm custos operacionais maiores e sua aquisição também exige um investimento maior por parte dos transportadores, todavia, é preciso observar de forma mais efetiva esse problema crônico do sistema Integra e trazer alternativas que amenizem a superlotação para quem se desloca de ônibus pela capital baiana.

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