O impacto da violência no transporte público da capital baiana
Por Emerson Pereira – Foto Divulgação PMS / Bruno Concha
A violência no sistema de transporte público em Salvador causa impactos significativos na vida dos usuários. Além do medo e insegurança constantes, os frequentes assaltos e ataques afetam diretamente a mobilidade de uma parcela significativa da população soteropolitana, tornando o transporte público uma opção menos atrativa e prejudicando o acesso a serviços essenciais, emprego e educação.
Os assaltos nos coletivos da capital baiana já acontecem de forma tão cotidiana, que boa parte das vítimas preferem não registrar queixa e esse comportamento faz com que as autoridades de segurança pública apontem uma redução no número de ocorrências, outra pratica que tem se normalizado é os incêndios criminosos em ônibus da cidade, desde 2015, quando o sistema Integra entrou em operação, aproximadamente 50 coletivos foram queimados na capital baiana.
Só para ilustrar os impactos da violência no transporte público da cidade, apenas nesta semana, já foram registrados mais de uma dezena de assaltos, inclusive em um dos casos o motorista de um veículo do subsistema de transporte complementar (STEC), popularmente chamado de Topic´s, foi baleado durante uma tentativa de assalto, em outra situação na ultima segunda-feira (11), um ônibus do consórcio OT Trans foi incendiado nas imediações do bairro de Narandiba.
Para mitigar esses impactos, é necessário investir em medidas mais efetivas de segurança, como aumento da vigilância policial nos terminais e ônibus da cidade, monitoramento em tempo real por câmeras e ações educativas de conscientização. Somente com um transporte público seguro e eficiente é possível garantir um deslocamento mais seguro e inclusivo para todos os soteropolitanos.